15 de jul. de 2008

Santa Helena Vernus Cabernet Sauvignon 2004

Esse era pra ser o vinho do mês da confraria, mas acabou não sendo. Como já havia comprado, combinei com o Vinho para Todos e o Colheita de Vinhos de comentá-lo hoje. Não sei se os outros enoblogs também vão comentar, vamos ver.

Comprei esse pela Internet e paguei R$42,00. Meio caro...

Quando chegou, já fiquei bem impressionado pela garrafa, o rótulo é muito bonito. Tanto que empolguei na foto aí do lado: fiz uma frescurinha nela, até que achei legal :)

No copo, tinto intenso e escuro, cor rubi muito profunda com reflexos cor de cereja. Pernas lentas e longas tingindo as paredes do copo. Anotei que o vinho tinha cor de cerejas pretas, não de violeta. Importante...

Bouquet aberto e de aromas frutados, como cereja e muito vegetal. Pimentão confit e presença de madeira. Álcool controlado e fundo de especiarias com pimenta do reino. Agitando, veio mais aroma vegetal, bem típico da cabernet. A madeira foi se revelando muito elegante, com toque de tabaco mas nunca maquiando a fruta. Belo bouquet, franco e com certa complexidade.

Na boca, um vinho muito redondo. Fruta predominando com boa intensidade. Acidez viva mas já começando a declinar, não aguenta mais muito tempo na garrafa. Afinal, o moço já tem seus 4 aninhos.

Os taninos também muito agradáveis e marcantes, típicos de cabernet. Final médio para longo, marcado por madeira. Álcool presente, no limíte de incomodar (tem 14,5 GL, é bastante), mas não incomoda. Depois de tomar, deixou resíduos no copo.

É um vinho de grande adstringência, corpo estruturado e muito agradável. A fruta deixa-o muito fácil de tomar, mas sem roubar seu quê de complexidade e elegância. Assim como o Santa Helena Siglo de Oro, tem boa acidez, o que o torna muito versátil e jovial. Gostei muito e está prontíssimo para beber!

É carinho, mas até vale os R$42.

O que mais gostei - do bouquet muito típico da uva e da acidez frutada na boca. Um vinho alegre, se é que isso faz sentido para alguém(...).

Minha nota: 5/5

13 de jul. de 2008

5 Pinot Noirs

No mês passado, minha esposa e eu fizemos uma aula sobre Pinot Noir na Escola da Alexandra Corvo, em São Paulo. Além de aprendermos muito sobre a uva, seu cultivo, principais regiões e características, fizemos uma degustação cega de 5 vinhos diferentes feitos com Pinot Noir exclusivamente. Foi muito legal!

Provamos os seguintes vinhos:
- Dukesfield Pinot Noir
- Salton Volpi Pinot Noir
- Bourgogne AOC Domaine Antonin Guyon
- Bourgogne Hautes Côtes de Nuits Domaine Antonin Guyon
- Bourgogne Savigny-les-Beaune Domaine Antonin Guyon

Acho que não é o caso de falar de cada um dos vinhos, mas tem algumas coisas que achei muito legais sobre essa degustação, que queria comentar aqui:

- Provar diversos vinhos da mesma uva, de diversas origens e qualidades, foi excelente para identificar a tipicidade da uva, como ela se expressa em cada caso e criar parâmetros. É muito didático;

- Não sei vocês, mas eu estava acostumado a degustar vinhos de um jeito rígido, etapa por etapa, etc. Nesta aula, fomos e voltamos para cada vinho diversas vezes, sem compromisso. A cada volta ao mesmo copo, algo novo aparecia que enriquecia a percepção sobre o vinho. Ou seja, aprendi a desencanar um pouco das regrinhas, a usá-las mais como "guidelines";)

- Sobre a uva: Pinot Noir é mesmo o máximo, que uva complexa, versátil, saborosa... Alguns dos vinhos que tomamos - principalmente o Savigny-les-Beaune - tinham uma presença de taninos, de acidez e aromas impressionates;

- Também aprendi que o tanino da Pinot Noir é bem típico dela, é provar para reconhecer. E tenho visto alguns vinhos que não conseguem reproduzir o tanino da uva e tentam remendar com madeira (que feiura...);

- E o Salton não fez feio, não! Todos perceberam um quê adocicado, certa falta de frescor se comparado aos outros, mas entre primos tão distintos, o nosso brazuca se saiu muito bem;

Mas é isso aí, bebam pinot!

11 de jul. de 2008

Fortaleza do Seival Pinot Noir 2007

Estou tomando este vinho enquanto escrevo. Sexta-feira, sozinho em casa, esperando a pizza... Paguei R$24 por esta garrafa. Como estou numa onda de Pinot Noir, resolvi provar esse.

Talvez eu esteja ficando chato, mas não gostei muito, não. Não é um vinho ruim, dá pra tomar tranquilamente e, para o preço dele, até que é bem honesto.

Eu digo que estou ficando chato porque senti falta do brilho e da vivacidade da uva neste vinho. Achei que tem madeira demais, nada de elegância. Tem cheiro de marcenaria :)

Vamos lá: no copo, tem cor púrpura escura com reflexos cor de cereja e não muita formação de pernas. Nariz inicial mostra álcool e madeira rústica. Agitando vem ameixa, um toque vegetal, sempre sublinhados pela madeira.

Na boca, corpo leve, acidez moderada e taninos suaves. Leve amargor que não chega a incomodar, mas também não ajuda em nada. Fruta média e, de novo, sabor de madeira.

Acho que vai acompanhar bem a pizza, que ainda não chegou. Mas fica nisso.

Sendo Pinot Noir, que sempre custa meio caro, até vale os R$24.

O que mais gostei - não me empolgou muito...

3 de jul. de 2008

Vinho do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs

Este mês, não vou comentar o vinho da Confraria, o Trivento Pinot Noir escolhido pelo Vinho para Todos, por dois motivos:

1. Havíamos selecionado outro vinho inicialmente, mas por questões de preço, trocamos no meio do caminho. Eu já havia comprado o primeiro vinho, o Santa Helena Vernus Cabernet Sauvignon. Vou comentá-lo no dia 15 de Julho, aguardem!

2. Recentemente comentei um Trivento Pinot Noir, só que de uma linha diferente, o Trivento Tribu Pinot Noir. Veja aqui minhas notas sobre este vinho;

Vendo alguns dos comentários dos colegas, até deu vontade de experimentar (ainda mais eu, que adoro Pinot...). Vamos ver.

Até!