Esse é o segundo Bonarda argentino que comento aqui, o primeiro foi um Dom Domenico que gostei muito. Esta foi uma das 3 garrafas que ganhei de Natal do meu pai. Adorei o presente! Ele comprou 3 vinhos bem diferentes entre eles, foi uma idéia legal. Este é o primeiro deles.
No copo é um tinto vivo, escuro, um pouco purpura e bem límpido, com reflexos cor de cereja. Muitas lágrimas, finas e longas, não muito lentas. Menção especial à garrafa - de testura fosca - e ao rótulo, muito bonitos.
O aroma predominante é de fruta escura - ameixa - com madeira bem presente e um fundo vegetal, que agrega um pouco de complexidade ao buquet franco e razoavelmente simples. Agradável.
Na boca, tem corpo médio e álcool um pouco excessivo, chegando a incomodar. A acidez é média e os taninos meio amargos, acredito que vindos da própria uva.
Vendo minhas anotações sobre o Dom Domenico, vejo que o álcool e a acidez acentuados são características presentes nos dois vinhos. No caso deste, fica faltando algo para equilibrar o amargo do tanino e o álcool - falta a fruta - deixando este um vinho menos palatável e meio rude.
Preciso dizer que ele evoluiu bem depois de aberto, mas não chegou a perder o amargo do tanino. Acho que acompanha bem um prato de sabor intenso; sozinho não é tão fácil de agradar.
Eu acho que custa uns R$15,00, então não está mal pelo preço.
O que mais gostei - do aroma vegetal, acho legal encontrar isso em um vinho.
Minha nota: 2/5